Agosto 27 2013

Sim pode ser sinal de coragem, determinação e vontade de fazer mudar o nosso mundo. Respeito muito a ousadia do sim. Do sim que se eleva, que mobiliza e que é ético e independente. Sim porque esse “sim” também representa, ao mesmo tempo, o “não”. O não difícil. O não ao conformismo, às cumplicidades, à subserviência calculista e ao oportunismo.

 

Quando um movimento independente se une acreditando no seu contributo para a resolução das questões coletivas é algo notável nos tempos que correm. É ousadia, é participação, é esperança. E mais do que isso, é um não à indiferença e à descrença. Sobejamente respeitável porque é a alternativa à subversão da partidocracia, essas estruturas que fervilham de ambições pessoais ínvias. Infelizmente, os partidos, que são peças cruciais da democracia, são por vezes dominados por grupos que não valorizam a causa pública, corroendo a democracia livre e participativa. A quebra dos valores fundadores em que a geração dos meus pais sonhou.

 

Com o à vontade de não ser um eleitor na minha terra natal, e com uma assumida simpatia pela coragem dos movimentos independentes, que partem usualmente em desvantagem, quero saudar a audácia do movimento SIM de Sines que certamente os Sineenses saberão dignificar e reconhecer.

publicado por pontoprevio às 16:38

Agosto 09 2013

Os bravos estão na estrada. Suor, esforço e coragem ao ritmo de cada pedalada. No pelotão escondem-se sonhos e ambições. E os focos mediáticos centram a sua atenção. A expetativa adensa-se. Quem será o grande herói?


Entretanto, entre Ovar e Castelo de Paiva, Carlos continua a pedalar. Sem holofotes, sem apoios, sem entrevistas. Vai só, agarrado aos seus sonhos. Por cada 80 quilómetros vale-lhe o sorriso do seu filho. No fim, um abraço e novo laço que contraria a separação. É esse o troféu que o faz pronto para outra etapa. Porque nas agruras da vida ainda há esperança. Carlos não está no pelotão. Luta por recuperar a guarda do seu filho. Ninguém o reconheceu como vencedor. Ainda!… Mas nas voltas da vida todos nós já percebemos que é um grande herói.

publicado por pontoprevio às 19:54

Junho 13 2013

Por uma fresta reparo que estás de novo frente ao espelho. Certamente perdida no sonho do teu futuro. Nessa secreta esperança de refreares a ansiedade de seres crescida. Ainda não sei a tua avaliação mas já sei tudo o que me interessa sobre o ano letivo. Não preciso das notas para ter um orgulho do tamanho do mundo. Superas sempre aquilo que julgas que esperam de ti.


Olha quando me assomo ao espelho, tantas vezes sem aviso prévio afloram memórias passadas. Ao contrário de ti que sonhas com o futuro. Por vezes assola-me um menino que não conheceste mas que se parecia contigo. Também ele frente ao espelho se perguntou pelo amanhã. Também ele fez da escola uma passagem sem mácula.


Essa convicção no caminho, sendo tua, talvez reflita também valores de geração, de um legado. Assim quero acreditar. Essa será sempre a herança mais valiosa que quaisquer pais podem transmitir. Também eu tive esse privilégio.


Ainda assim jamais ouses pensar que o sorriso da vida, o destino feliz, o futuro que almejas, o que for, te cairá simples como recompensa por superares aquilo que julgas que esperam de ti. É uma parte mas não é tudo! Só mesmo a vida te trará respostas às surpresas que a vida te colocará.


O drama dos pais que também sonham com o futuro dos seus filhos é reconhecerem a impotência em explicar as exigências da vida. Ela própria cheia de paradoxos. Desejamos crianças competentes, treinadas para os bons resultados, o que lhes impede de experimentar e suplantar os erros, competência determinante para o próprio sucesso. Ambicionamos crianças seguras e protegidas, o que é contrário ao risco e ousadia que muitas vezes a vida requer. Idolatramos o respeito pelas diferenças e pela humildade condicionando o valor e o treino de quem ambicionará vir a ser um líder. Estimulamos a capacidade de trabalho e o mérito individual negligenciando a importância de dar tempo e paciência para fomentar redes pessoais.


Sim porque a vida é uma escola bem maior do que a escola de cada criança. E a avaliação da vida é um julgamento profundamente misterioso. Ainda assim a consciência tranquila de ter feito bem aquilo que julgamos que deveria ser feito é um bom passo para a nossa própria serenidade… Parabéns filhota, fazes-me muito feliz!

publicado por pontoprevio às 18:49

Abril 16 2013

Sem verdadeira consciência a sociedade abusou da máquina do tempo. Um modelo de crescimento da economia suportado por demasiado crédito. O recurso a um meio que se tornou escandalosamente acessível.

 

Visto pelo prisma que o crédito não é mais do que trazer para hoje os recursos financeiros do amanhã, percebe-se quanto abusámos da máquina do tempo. Quisemos viver dez anos à frente e essa ousadia fez-se pagar!

 

Eis que chegados ao ponto de por em causa o valor real dos recursos do futuro injetados na economia do presente. Instalada a dúvida sobre a capacidade de pagamento dos compromissos. A incerteza de chegar a 2020 em melhor situação económica do que atualmente. A dúvida simplesmente derrubou-nos.

 

Como consequência, vivemos o lado duro da regressão. O tempo volta para trás e o nosso mundo virou-se ao contrário. Outrora a banca emprestava e hoje, ao invés, assistimos ao regresso de recursos do Estado e das famílias para a banca. Seja através das garantias dos Estados para recapitalização, seja pelo pagamento de spreads e juros proibitivos.

 

De facto as famílias erraram ao pretender viver acima do que seria prudente e sustentável mas estão a pagar por isso. O Estado também errou pelas mesmas razões, por eleitoralismo e por não ter conseguido apoiar as estratégias de desenvolvimento mais adequadas aos recursos do País. E todos estamos pagar por isso.

 

E a banca, não errou? Claro que sim ao banalizar financiamento em investimentos sem qualquer futuro, em feroz luta por clientes e objetivos imediatistas, condenando, muitas vezes, por ganância a sua própria sustentabilidade. Mas este parece ser o negócio de mais baixo risco. É que o Estado, refém porque dependente do crédito, compra o risco. Vive uma autêntica dependência.

 

A máquina do tempo é uma droga. Experimentámo-la e não conseguimos ver-nos livre dela! Só seremos livres quando deixarmos de ser dependentes.

publicado por pontoprevio às 15:54

Março 04 2013

 

Nos anos 90, o então presidente Mário Soares decretou o célebre direito à indignação dos portugueses. Estando ou não de acordo, não há dúvida que essa foi uma mensagem política marcante, agitadora, pela força do próprio conceito. Uma declaração avisada de quem parecia compreender os sinais efervescentes de uma sociedade descontente perante as desigualdades. Uma mensagem que admitia a dignidade no sentimento de cada português indignado.

 

Hoje a banalização do termo é triste. Esse sentimento pré revolucionário parece desconsiderado. Temo mesmo que, haja quem acredite, que uma sociedade gere-se e progride mesmo carregando consigo um amplo sentimento de desconforto e indignação. Como se a indignação fosse um significado displicente e menor e não o último recurso avisador que indicia os primeiros riscos de perda da coesão social.

 

Por isso compreendo muito bem que surjam os movimentos dos indignados. Isso sente-se, sei que é bastas vezes intrínseco e genuíno. Compreendo ainda mais a revolta dos reformados e a sua oposição pública à perda de direitos. Não estranho portanto a recente criação do MRI (Movimento dos Reformados Indignados). Faz sentido. Não há aqui notícia!

 

O que me cria estupefação é o ex-banqueiro Fernando Pinhal, titular de uma reforma milionária, encabeçar a liderança deste movimento. É claro que com certeza também sofreu cortes, é claro que mantém todos os direitos de cidadania. Mas para mim, em tempos de emergência, faz mais sentido a indignação das pessoas cuja sua dignidade, inerente à precarização das suas condições de vida, fica realmente em causa.

 

Um dia destes ainda vou fundar um movimento de indignação contra os indignados que não têm sequer a dignidade de perceber o verdadeiro alcance da genuína indignação. Eu explico. Boa parte da indignação de hoje reflete os sacrifícios brutais a que estamos sujeitos. Em grande medida devido ao desvario de muitos anos de excessivo crédito e remunerações insustentáveis e imorais. Tal como aquelas que eram pagas a Fernando Pinhal. Indignas portanto! Pois é, suspeito que a indignação de Fernando Pinhal é apenas contra o que lhe retiram da sua carteira. Mas para a maioria dos portugueses não, não é só isso, infelizmente! Indignam-se por temer não conseguir dar esperança nem futuro aos seus filhos. Não há dúvida que é preciso cuidado com os “movimentos” de alguns dos atuais indignados. Aqueles que navegam ao sabor das marés…

publicado por pontoprevio às 20:10

Fevereiro 15 2013

 

Nem mesmo a consciência que ficaria bem escrever algo a “puxar para cima” me motiva. Não vou fazer isso! Quem passou anos a puxar por alguma coisa, dando o seu melhor em servilismo ao humano, foram os cavalos e os burros de todo o mundo e os da Roménia também.

 

Aliás, muitos dos que discursam a retórica do otimismo e paralelamente acusam os portugueses de não “puxar para cima” encontram-se habitualmente bem encostados pelo que lhes é natural aquele apelo positivo, aparentemente mobilizador, que tantas vezes mais não esconde do que a hipócrita vontade de puxar tudo para eles próprios. Nem sempre é assim mas infelizmente muitas vezes será.

 

Um dos graves problemas da sociedade contemporânea tem sido a produção legislativa. Jamais clara e objetiva de modo a alimentar o patrocínio jurídico. A utilidade da lei aproveita o corporativismo da classe que a produz. Que tão pouco se importa com a própria inutilidade da lei quando a cria insensata ou mesmo impossível de fiscalizar. Desde já informo que não passarei fatura a quem estiver a ler…

 

Mas mais grave do que a lei complexa ou inútil é aquela que determina com eficácia a inutilidade de algo. Assim de um momento para o outro, por simples decreto. O útil passou a inútil porque uma câmara de “elites” determinou.

 

Recentemente, na Roménia, decretou-se a proibição da circulação de carruagens puxadas por cavalos. Os outrora animais úteis, embrulhados em questões de segurança, por força de lei foram proscritos e por isso determinados inúteis. Logo se especula que a lei não escrita da ganância, mas constitucional no seio da maldade humana, motivou o picadinho dos inúteis dentro de caixas congeladas. E como sabemos, desde sempre o humano também se alimenta da inutilidade, mesmo sem se aperceber, seja por caixas congeladas, seja por caixas mágicas, internet ou mesmo “post’s” inúteis como este.

 

No meio desta reflexão é que fico verdadeiramente inquieto. Uma vez imposta tão dura lei em Portugal que tem decretado a inutilidade de tantos cérebros e braços outrora úteis. Será que das janelas do Palácio de São Bento, não estarão muitos daqueles que normalmente “puxam para cima”, que observam cada desempregado como se de um inútil cavalo romeno se tratasse? Daqueles que o futuro não será outro que não o seu congelamento a bem da nossa sustentabilidade?

 

Olho para o Palácio de São Bento e afigura-se-me uma enorme embalagem de lasanha mas cheia de carne da pior espécie. Exatamente daquela espécie que tantas vezes triunfa na sociedade civil quando é capaz de enganar os consumidores vendendo cavalo por vaca, por pura ganância.

 

Como Portugal bem sabe, viver acima das possibilidades e numa ganância irresponsável sai muito caro. Não será fácil à marca dos ditos congelados recuperar o revés que receberá agora. Mas o problema é que, tal como em Portugal, arrastará consigo um vasto número de inocentes, que nunca foram elites, que não decidiram o embuste e sempre foram a parte útil da produção. Tal como os cavalos picados…

publicado por pontoprevio às 12:35

Janeiro 22 2013

Ontem o sol regressava como que a reprimir o vendaval. Uma efémera bonança que deu lugar à ilusão. Sim porque a tempestade não acabou.

 

Poderão não cair tantas árvores mas veremos mais esperança destroçada. Poderá amainar o vento mas a alta pressão fiscal e o empobrecimento perdurará. Poderão não voar tantos telhados mas mais portas se fecharão. De todas as empresas cuja retração económica determina, implacável, a sua falência.

 

E Pedro, que não o Santo, defende uma tempestade mais curta mesmo que mais violenta. Uma tempestade que respeite o ciclo eleitoral e seja tão dura que obrigue à rutura da proteção social e à privatização desse abrigo. Um bem coletivo conquistado, que embora necessitasse de restauro, constituía a providência, o equilíbrio e a coesão de uma sociedade mais segura e solidária.

 

Já Seguro, envolto na ideia sensata de que as tempestades mais suaves e longas são mais fáceis de debelar, fica-se por aqui, ágil a criticar mas sempre bem protegido da intempérie. Daqueles necrófagos à espera do desastre, num ciclo oportunista, ansioso para lançar as garras.

 

É neste pau de sete varas, numa encruzilhada de contradições, que somos obrigados a resistir. Afirma-se que não há financiamento para a economia mas tem havido capital para a recapitalização da banca. Jura-se que o Estado tem que emagrecer mas o mesmo Estado continua a assumir o risco de ativos tóxicos que os privados não querem ou mesmo a financiar o risco de insolvência de outros bancos. Todo o contribuinte tem sido convocado num esforço de emergência sem paralelo mas a pressão para reduzir o custo dos contratos de parceria ou o serviço da dívida não são alvo de discussão.

 

É assim que estamos entre Pedro, de ideias pouco santas, de tesoura em riste fingindo uma refundação, esquecido do consenso e mais preso a uma ideologia do que verdadeiramente a um programa. E Seguro, nesta estratégia pobre do não comprometimento, como qualquer seguro estará carregado de letras miudinhas, razão pela qual jamais nos assistirá qualquer apoio em caso de sinistro. Nem Pedro, Santo ou não, nos vale na tempestade, nem Seguro nos protegerá.

 

Razão têm os metereologistas! Mantém-se estacionária a depressão no centro da Europa. Estamos mesmo em alerta vermelho.

publicado por pontoprevio às 10:20

Dezembro 30 2012

Ontem confirmaram-se as minhas suspeitas. Há muito mais ironia e humor nos portugueses do que à primeira vista admitimos. Habitualmente somos caracterizados pela expressão da saudade e do fado, no seu tom de dramatismo e profundidade, o que oculta o lado sarcástico e humorado dos portugueses.

 

No primeiro canal do serviço público foi ontem emitido um programa que convidava os telespetadores à eleição da canção do ano. Louvei a iniciativa, aplaudindo aquilo que é uma parte fundamental do serviço público, a promoção da música nacional e a criação artística.

 

Confesso que as canções finalistas não me eram particularmente entusiasmantes mas os gostos são a expressão da estética de cada um e eu respeito-os. Aliás, este texto não pretende criticar a escolha do tema do Emanuel “Baby és uma bomba”, não obstante essa eleição demonstrar por si só a expressão humorada dos portugueses. Como refiro, deixo de lado a estética da canção. Recuso-me a discuti-la.

 

O que me interessou naquela votação dos portugueses foi a inequívoca prova de ironia que tal encerra. Na verdade, a canção portuguesa escolhida foi afinal a única que nem sequer em português era totalmente interpretada. Logo percebi todo o humor por de trás daquela opção.

 

Não há dúvida que se abre um espaço para outros programas similares na RTP. Programas que apelem à participação e ao voto humorado dos telespetadores. Lembrei-me, por exemplo, de lançarmos a escolha da personalidade portuguesa do ano. Com a ironia que nos carateriza não seria tarefa fácil a votação. Entre Vale e Azevedo, o português inocente mais perseguido pela justiça nacional, ou Miguel Relvas, o estudante mais produtivo que há memória, ou, por exemplo, Artur Baptista da Silva, o português voluntário que mais rapidamente dignificou a ONU, a escolha da personalidade do ano seria complexa.

 

Claro que, propositadamente, e por razões sentimentais, omito das opções Godinho Lopes e a sua gestão desportiva de sucesso. Não é que não mereça lá constar. Ele e uns outros, mas isso agora não interessa nada…

publicado por pontoprevio às 18:09

Dezembro 23 2012

Escrevo-vos após o fim do mundo! E não estou nada desiludido. Sempre imaginei que, quaisquer que fossem as experiências futuras da vida, não me podia faltar um sofá parecido com o meu.

 

Estou fascinado com este novo mundo. Do que me apercebi está no ar um sentimento solidário e fraterno entre as pessoas. Muitos amigos desejam boas festas e votos de um bom ano. Multiplicam-se campanhas de solidariedade para com os mais desfavorecidos. Que seja bem-vinda esta nova humanidade.

 

Finalmente parece que se encaixam as peças do puzzle, rumo ao início de uma nova ordem. Guimarães, o berço da nação, tem sido palco e o centro das nossas atenções. A cultura é afinal a origem das coisas.

 

Ontem assistia pela televisão ao concerto de Ivan Guimarães Lins e a Orquestra Fundação Estúdio. Eis que ao juntar-se Paulo de Carvalho tive uma premonição. Mais do que a própria comoção de assistir a um abraço do tamanho do Atlântico, aqueles momentos que demonstram que somos muito mais do que a nossa própria dimensão, perguntei-me neste novo mundo “E depois do adeus” que faz Paulo de Carvalho ali. Que senha de esperança lhe compete?

 

A emoção com que saboreava o momento trouxe-me a resposta. Tudo fazia sentido. No dia em que o mundo deveria ter acabado, a partir da cidade berço, ecoava “começar de novo”. Quem assistiu compreenderá a mensagem. De Guimarães, neste novo tempo, caberá a todos os portugueses começar de novo a árdua tarefa de reconquistar a soberania nacional. É essa a dimensão da arte criativa. Apontar caminhos muito para além do que estaríamos à espera.

publicado por pontoprevio às 13:40

Dezembro 16 2012

No meu espírito ainda faltavam alguns minutos para concluir a corrida matinal. Eis que no torpor daqueles passos arrastados sou surpreendido por uma criança de bicicleta que levanta os braços e grita vitória.

 

Obriguei-me a despertar e logo percebi que estava ali traçada a linha de meta, mesmo sem quaisquer marcas evidentes. Olhei em redor e compreendi que aquela criança tinha conseguido a mais extraordinária recuperação, vencendo mesmo quando tudo indicava ser impossível. Sem dúvida que aquele rapaz era um herói. Tal como eu o fora na idade dele.

 

Também eu tracei metas com linha invisíveis, escolhi adversários, venci os mais temíveis em recuperações desumanas. Estive nos Pirinéus e nos Alpes mesmo enquanto contornava o quarteirão da minha rua. Encadeei-me com os flashes dos fotógrafos e resisti com uma humildade desarmante a todas as perguntas dos jornalistas.

 

Agora não, tudo é diferente. Deixei de traçar metas porque elas não se marcam onde queremos. Hoje não escolho adversários, evito-os. Estou velho, deixei-me de heroísmos. Direi apenas que abandonei a alta competição.

 

O que é curioso é que nem sempre é isso que acontece com os mais crescidos. Há ainda quem faça da sua vida uma permanente competição. O problema é que o faz sem a ingenuidade e inocência do tempo de criança.

 

E eu, perdido nesta reflexão, aproveitei o facto de estar cansado e parei logo ali a seguir à linha de meta que a criança traçou…

publicado por pontoprevio às 20:58

mais sobre mim
Agosto 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
28
29
30
31


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO