Lisboa, 3 de Agosto de 1996 (quinze anos volvidos):
Dois sorrisos ingénuos celebravam a promessa de um projeto de vida cheio de sonho e ilusão. Alimentados por uma entrega incondicional de sete anos, onde vingava a convicção que só a juventude é pródiga.
E no nosso imaginário, como é usual naquelas ocasiões, pairava a mais doce e hipócrita ideia, aquela que alimenta gerações com as eternas estórias de reinos e princesas, onde o epílogo só poderia transmitir a vitória do amor, porque é arriscado saber mais, e assim se vaticina: “… e foram felizes para sempre.” Como se aquele momento fosse o fim de alguma coisa por pura contradição ao princípio de tantas coisas que ele traduz.
Pois passados quinze anos, onde tudo faz sentido e são óbvios e tão compensadores os melhores frutos deste caminho trilhado por nós, onde o tempo só pode ser compreendido pela evidência matemática e não por percepção própria, onde tanto te devo, só posso desejar muitos mais quinze! E se alguém continuar a contar estórias, como aquelas que ainda hoje lemos aos nossos mais pequeninos, nunca se esqueçam de acreditar, com fé e convicção no “… e foram felizes para sempre.” ou pelo menos no “… e tudo fizeram, com respeito e dedicação, acreditando que assim são o mais felizes para sempre.”
Obrigado por tudo!