Janeiro 14 2010

1. Com estupefação e horror, pouco a pouco, vamos conhecendo os relatos que caracterizam a dimensão da tragédia no Haiti. Sem palavras para a brutalidade deste fenómeno e o sofrimento que ele envolve. Não creio sequer que valha a pena fazermos aquele exercício habitual nestas circunstâncias que é conjecturar o que seria caso um sismo desta amplitude ocorresse no nosso país. Perda de tempo, nada adianta. Creio sim que vale a pena relevar a mobilização em curso para ajuda humanitária. Enaltecer todos aqueles que com coragem, sacrifício pessoal, estão, rumam ou preparam a partida para ajudar a atenuar todo aquele sofrimento. Bem hajam!

 

2. Outros tumultos, diferentes é certo, são os níveis de desemprego que se verificam actualmente no nosso país. Um drama social que periga a própria harmonia de muitas familias. Obviamente uma tensão crescente e um sério perigo ao equilibrio do nosso Estado de direito. Não admira o anúncio do Governo de mais medidas de incentivo para combate ao desemprego. Anúncio que não é a concretização, entenda-se. Estima-se um esforço ao erário público que pode ascender a 500 Milhões de Euros. Se é consensual a necessidade de estimular políticas para incentivo ao emprego, também não tenhamos dúvidas que esta medida concorre, como muitas outras, para o desequilíbrio das contas públicas. Claro que é necessário hoje actuar, sobretudo para evitar o crescimento descontrolado do desemprego, que é a grande preocupação. Mas nada pode estar desligado das consequências futuras e o nível do endividamento do Estado. Temos a obrigação de deixar às novas gerações um país sustentável. As nossas crianças têm o direito de ambicionar um país com potencial de crescimento. Contudo, perante as dificuldades de hoje, não tenho a certeza que essa preocupação esteja verdadeiramente na ordem do dia...

 

3. A negociação iniciada entre os diversos partidos para a viabilização do Orçamento de Estado de 2010 será um tumulto?...Veremos!

 

4. Noticiou-se hoje o início do julgamento sobre o caso dos Paquetes-Hotéis contratados para alojamento no decurso da EXPO 98. Um caso alegadamente ruinoso para o Estado. Não, não estou enganado, começou mesmo um julgamento de um caso que remonta a 1998. Não, o leitor não está enganado, estamos mesmo em 2010. 12 anos para o início de um julgamento não será um verdadeiro tumulto?

publicado por pontoprevio às 23:08

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