Recentemente tive a oportunidade de frequentar uma formação vocacionada para dirigentes intermédios da Instituição onde presto funções. Ponto prévio, por acaso eu era o único não dirigente a frequentar o curso, por razões que para o caso pouco interessam. Retomando a descrição, designou-se à referida formação um Mini-MBA, que nos ocupou parte das últimas sexta-feiras e sábados, e creio, sinceramente, ter sido uma oportunidade ímpar. A qualidade e diversidade dos temas versados representou um estímulo ao aprofundamento de conteúdos e um desafio para aplicabilidade de conceitos teóricos de melhoria contínua no quotidiano.
Três notas reflexivas me ocorriam que julgo interessantes:
1. Esta formação dirigiu-se a responsáveis de uma Instituição da Administração Indirecta do Estado, que investe na qualificação dos seus dirigentes e não só, em prol da disseminação de uma cultura organizacional virada para a mudança e estimulada para a progressiva eficiência. Este novo paradigma ocorre, felizmente, em vários organismos do Estado Português que encaram a formação e a introdução de novas tecnologias como um investimento determinante para a progressão positiva do desempenho dos serviços públicos. Bons sinais;
2. Tivemos oportunidade para reflectir em várias temáticas incluindo as ciências comportamentais e de liderança. Admito que para alguns não seja imediata a aplicação dos conceitos teóricos nas relações entre as pessoas que formam a organização. Mas eu senti que, sobretudo, aqueles conceitos são um apelo à análise introspectiva do exercício de cada um, estimulando a permanente reflexão sobre os estilos e decisões tomadas, permitindo, continuamente, a auto-avaliação e a auto-crítica, chave para poder fazer diferente e melhor. Mais, questiono para quantos a formação de base é de carácter iminentemente técnico, muito mitigada em matérias de índole comportamental, sendo que o quotidiano, inevitavelmente, se faz de permantes relações entre pessoas;
3. Como é bom aprender. Como é interessante percepcionar o privilégio de ouvir e reflectir novas temáticas, novas abordagens. Como é para todos, sem excepção e em qualquer estágio profissional, profícuo aprender, muito importante, também, para quem acumulou experiência, circunstância que, porventura, garante ainda maior aproveitamento dos ensinamentos. E é um grande estímulo à mudança. Por tudo isso parece-me interessante sintetizar: - Viver é aprender mas aprender também é viver!